Atualmente o projeto T.E.R.R.A envia 16 naves WHALE por mês a Enodre. Após ser paralisado devido A Guerra do Copo, o projeto retornou em 2043 e segue suas pesquisas em busca de água nos satélites naturais da Terra.
Em 2031 o projeto
T.E.R.R.A foi iniciado. Mas três anos depois foi desativado, quando A Guerra do
Copo sugou o capital das pesquisas.
A
sociedade consumista é autodestrutiva, ao passo que retira produtos da natureza
para alimentar o motor econômico vigente. O problema se agravou quando a água,
nossa base fisiológica, chegou a níveis críticos.
A falta de água no
planeta foi prevista há muitos anos, mas nunca combatida com eficiência. E com
a crise vieram as guerras. Em 2034, após acordos e laços desfeitos, os países
bélicos invadiram a América do Sul, detentora da água potável restante. Apelidada
de “A Guerra do Copo” pelos políticos.
“- Todos merecemos um COPO cheio de água!” era o que os
candidatos às presidências tinham como lema.
Sem
forças para combater o invasor, os países sul-americanos tomaram uma medida controversa.
“- Se NÓS não teremos água, ELES também
não terão!” disse o ministro da guerra colombiano. O mesmo discurso foi
adotado pelos governos vizinhos. Sendo: contaminar as próprias fontes de água para forçar a expulsão dos invasores.
E assim foi
feito. Tropas lançaram toneladas de mercúrio, chumbo e alumínio nos rios e
nascentes. Os invasores se retiraram, pois não restara água limpa. “A Guerra do
Copo” acabou em fevereiro de 2041. A situação pareceu resolvida por algum
tempo, até que os estoques de água dos governos sul-americanos secaram. Sem
água doce no planeta toda a economia afundou. As indústrias pararam em dezembro
do mesmo ano, juntamente com a agropecuária.
A
água filtrada do mar era cara, apenas os ricos puderam
comprar água por esse meio.Chegando a US$
587,97 um litro de água filtrada.
O
mundo ficou sem recursos. A fome se espalhou, levando miséria, arrependimento e
vergonha. A última chance de prolongar a existência do homem seria a reativação
do projeto T.E.R.R.A.
Em
2023 asteroides colidiram com Urano e Netuno, fazendo com que os dois planetas se
fragmentarem por inteiro. Quatro fragmentos, com tamanhos semelhantes a da Lua,
se agruparam perto da Terra, adicionando mais 4 satélites naturais. O homem já
havia estado em todos eles em 2030 e batizou-os de Enodre, Razum, Risby e Arlis.
|
Posição dos satélites naturais da Terra |
O projeto T.E.R.R.A (Terra, Enodre, Razum,
Risby e Arlis) de 2031 consistia,
basicamente, na retirada de recursos dos quatro novos satélites naturais via WHALE
(nave japonesa de transporte de carga hiperespacial, movida a energia magnética
proveniente dos campos eletromagnetos da terra ou de outros planetas). O
projeto foi reativado em 2043, numa parceria entre os governos sobreviventes da
fome. As últimas economias foram reunidas, e apostaram a vida da humanidade no
sucesso desse projeto.
A primeira etapa
do projeto era a viajem da WHALE para Enodre (o fragmento mais perto da Terra),
feita em outubro de 2045. Nesse momento restavam ⅓
da população
mundial, sendo que 96% eram de pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza.
A
viagem foi um sucesso. Em Enodre eles encontraram água potável em abundância. E
WHALE retornou com 9.1018 litros de água congelada.
A
humanidade voltou a sorrir. O sucesso do projeto T.E.R.R.A reanimou o mercado.
A água vinda de WHALE se tornou barata e de fácil acesso, 50 centavos de dólar por litro. "- O projeto T.E.R.R.A nunca deveria ter sido paralisado. Mas estamos contentes e colhendo os primeiros de muitos sucessos!" confirma o presidente do protejo, Edgar Munnestein.
Hoje, março
de 2050, as viagens de WHALE não cessaram. Uma vez por mês dezesseis naves WHALE
fazem o trajeto para reabastecerem o mundo. Pelos cálculos, nesse ritmo, Enodre
provirá água por mais 1400 anos. E estudos apontam que Razum, Risby e Arlis possuem
reservatórios ainda maiores de água congelada.
Os governos estudam novas formas de ampliar o projeto T.E.R.R.A para captar água em lugares ainda mais distantes. “- Os anéis de Saturno e os cometas serão os próximos alvos” afirma o engenheiro-chefe da WHALE, Shimu Fagarati.