segunda-feira, 30 de abril de 2012

Eis que fico pensando onde iremos chegar


Eis que fico pensando onde iremos chegar. Há 50 anos enquanto fazia universidade, um de meus professores pediu pra que cada um de minha turma fizesse um texto falando sobre como imaginávamos que seria as formas de publicidade no futuro.
A ideia foi muito boa, embora pensar como se já estivéssemos no futuro seja uma coisa um tanto louca, e confesso que já não me lembro do que escrevi. Mas hoje posso falar com propriedade sobre o que vi nestes últimos 50 anos.
 Depois que os governos globais decidiram liberar o uso da nano tecnologia com intuito de aprimorar as funções corporais assim como os sentidos humanos tudo mudou. No inicio tudo foi um tanto confuso, mas com o tempo e o uso dos nano robôs certos, só tornaram tudo muito mais pratico e rápido. Como uma serie foi produzida especialmente para cada função, a publicidade se aprimorou bastante em duas delas a da visão e a da audição.
Os nano robôs se alojam no inicio dos nervos ótico e auditivo, podendo assim transmitir som e imagem (de alta qualidade) diretamente no cérebro da pessoa. Esta tecnologia permitiu enfim que óculos e fones de ouvido fossem extintos.
Por volta dos anos 20 surgiram os óculos que mostravam para as pessoas como imagem em 3D as propagandas, mas eles eram frágeis, fora que as pessoas tinham coloca-los para que pudessem funcionar. Já os nano robôs estão 24 horas por dia com a pessoa.
Para nos publicitários, isso foi muito bom, pôs assim podemos trabalhar a qualquer instante e qualquer lugar, só basta levar um transmissor, que hoje em dia é do tamanho de um botão, e pronto.
Com isso muito do que aprendi se tornou obsoleto e totalmente fora de uso. Papel não usamos a mais de 20 anos, mídias impressas também não, tudo tornou-se digital e interativo.
 E falando nisso, no inicio deste século o homem se gabava por sua interatividade e dinamicidade. Como tolos éramos.  Nos nem sonhávamos com o quanto maiores em transmissão de informação seriamos capazes de nos tornar. Hoje contamos com uma rede global de transmissão 24 horas por dia, que ligada a esses nano robôs permitem que cada ser humano tenha em sua mente um acervo infindável de informações e imagens. Ate a forma de se estudar já é totalmente digital e dinâmico;
Hoje o homem é meio maquina, diriam os antigos.
Antigamente dizíamos que o conhecimento estava no clique de um mouse, hoje só nos basta pensar que já temos todo o conteúdo surgindo em nossos olhos.
Às vezes tenho saudades de como vivíamos, quando tínhamos que imprimir tudo antes de mostra a um cliente, de ter que falar ao telefone, mandar Emil e discutir uma propaganda ao mesmo tempo, saudades de tanta coisa, mas cara eu realmente tenho saudades do papel. Era bem útil. Mas que bom pra natureza que não precisamos mais usar tanto assim. E quando a saudade é grande é só ir a um museu que podemos ver alguns exemplares de livros e jornais impressos.
Enfim. Como tudo mudou desde o inicio dos tempos, principalmente nos últimos 150 anos. E pensar nisso me deixa com um tanto quanto tristonho, afinal eu infelizmente não tenho mais tanto tempo assim.
Realmente queria saber onde tudo isso vai dar.
E com isso deixo a pergunta, como será daqui a 50 anos?
Abraços.
Humberto Begot
29/04/2062

Eis que fico pensando onde iremos chegar.