Nenhuma
conquista sobreviveu em 2050, foi como se uma bomba tivesse exterminado
toda a evolução, como se regredíssemos. No futuro todos os atos
são em nome de um Deus indefinido. O mundo se dividiu entre um
Oriente, de bombas e armas; e um Ocidente em crise social. No Oriente,
os cientistas e engenheiros escondem-se em becos e porões tentando
criar armas contra o Estado Islâmico. A ONU e os EUA foram sofreram o maior ataque nuclear da história. O cristianismo
cresceu com a promessa de que todos serão salvos por Deus, e em 2050 já domina metade do Ocidente.
O
Estado Islâmico cometeu atrocidades que não imaginávamos, em 2030
começaram a bombardear universidades de engenharia e ciências. Em
dez anos foram bilhões de estudantes mortos, tudo para evitar que
grandes mentes criassem grandes máquinas. Congressos de ciências exatas, cursos de comunicação, ONG's, a Anistia Internacional, todos mortos em nome de Deus. Os jovens que escaparam
refugiaram-se na América Latina, onde que tiveram que abdicar de
todas as suas diferenças por um disfarce de sobrevivência: servir a Deus. No Brasil, todo o governo é composto por pastores que
conseguiram chegar ao poder através da morte de seus adversários.
Os grupos LGBT's foram caçados, assim como qualquer tipo de pensamento
cientifico ou expressão da arte.
Apesar de andarem disfarçados, os sobreviventes da guerra reuniram-se, para inventar
grandes máquinas que não estivessem ao alcance dos terroristas,
assim como formas de combater a evangelização alienada que vivem na
América. Uma dessas invenções foi batizada de “Megazord” –
robô gigante que era veículo dos famosos PowerRangers dos anos 2000 que sempre salvava o mundo nos últimos minutos -, que consiste em um grande computador ligado a diversas linhas,
drivers e sensores, - instalados no corpo dos estudantes por cirurgia - que estuda os atos
psicossociais dos terroristas e prevê seus próximos passos. O comandante da máquina utiliza um capacete virtual, enquanto dorme, que simula as situações que os próprios terroristas imaginam, “É
como se estivéssemos em um RPG, no qual eu entro na mente
do meu adversário e vejo todas as suas peças, todos os seus passos e estratégias. O incrível é que resolvemos tudo através dos sonhos.”, fala Anastácia
Sanchez, líder de um dos grupos de sobreviventes da Universidade de
Barcelona. Desde a criação da máquina, os jovens conseguem avisar
as forças armadas quando o Estado Islâmico pretende atacar.
Foto 1: Pequena parte do Megazord localizado no Brasil.
Outra
organização de estudantes chama-se “Yellow Submarine”, na qual
os membros utilizam da tecnologia da Marinha para se comunicar com as
áreas dominadas pelos terroristas. “Todos os Presidentes e
Secretários das forças Militares estão abalados pela raiva. O
Estado Islâmico atacou pelo sentimento, ninguém consegue raciocinar
quando metade de seu país está morrendo. Por isso resolvemos tomar
uma atitude”, declarou Robert Abrahamson, líder do submarino
“Poseidon” e ex-estudante da Universidade de Harvard, que foi
atacada em 2048 pela ISIS. O material com que foram feitos os
submarinos da organização teve suas partículas modificadas para
que se adaptassem as interferências sonoras nos oceanos, isso faz
com que os radares fiquem descontrolados e não consigam encontrar os estudantes.
Foto 2: Poseidon, o submarino do Oceano Atlântico
Além disso, rotina dos refugiados, espiões e pessoas não-alienadas na América
Latina é cautelosa, pois são obrigados a irem em missas e fazerem
catequese, enquanto podiam estar reunidos e planejando. Porém, para
resolver esse problema, foram desenvolvidos acessórios que ao se
aproximarem emitem mensagens previamente pensados pelos usuários.
São anéis e relógios detalhadamente construídos e ligados à
sensores que codificam e decodificam projeções gravadas de
mensagens, mapas e projetos que são enviados para o destinatário
pré-selecionado. O método foi inspirado na simples “Teoria
Hipodérmica”, na qual um emissor envia uma mensagem para um
receptor que a entende e a aceita da mesma foram que outros
receptores: “Criamos para ser simples, rápido e compreensível para todos do
grupo. É tão rápido que a transferência ocorre em milésimos de segundos e
nada atualmente pode interferir o sinal que se propagada pelas moléculas do ar”, relata Anastácia.
Segundo fontes anônimas, os Tigres Asiáticos organizam suas tropas
para uma grande invasão nos países dominados pelo Estado, enquanto
outras países como a Rússia e a Alemanha – que conseguiram mandar
seus exércitos, cientistas e filósofos para o espaço com o “ônibus
espacial” – mantêm contato para analisar a situação no
Ocidente. Isso mostra que o mundo, embora dividido, ainda consegue manter sua
esperança e fé para consertar o futuro. Afinal, o que fizemos por Deus,
não se compara ao que fizemos com a nossa humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário