terça-feira, 17 de novembro de 2015

Que o senhor esteja convosco... Ele está no meio de nós!

    Nenhuma conquista sobreviveu em 2050, foi como se uma bomba tivesse exterminado toda a evolução, como se regredíssemos. No futuro todos os atos são em nome de um Deus indefinido. O mundo se dividiu entre um Oriente, de bombas e armas; e um Ocidente em crise social. No Oriente, os cientistas e engenheiros escondem-se em becos e porões tentando criar armas contra o Estado Islâmico. A ONU e os EUA foram sofreram o maior ataque nuclear da história. O cristianismo cresceu com a promessa de que todos serão salvos por Deus, e em 2050 já domina metade do Ocidente.
    O Estado Islâmico cometeu atrocidades que não imaginávamos, em 2030 começaram a bombardear universidades de engenharia e ciências. Em dez anos foram bilhões de estudantes mortos, tudo para evitar que grandes mentes criassem grandes máquinas. Congressos de ciências exatas, cursos de comunicação, ONG's, a Anistia Internacional, todos mortos em nome de Deus. Os jovens que escaparam refugiaram-se na América Latina, onde que tiveram que abdicar de todas as suas diferenças por um disfarce de sobrevivência: servir a Deus. No Brasil, todo o governo é composto por pastores que conseguiram chegar ao poder através da morte de seus adversários. Os grupos LGBT's foram caçados, assim como qualquer tipo de pensamento cientifico ou expressão da arte.
        Apesar de andarem disfarçados, os sobreviventes da guerra reuniram-se, para inventar grandes máquinas que não estivessem ao alcance dos terroristas, assim como formas de combater a evangelização alienada que vivem na América. Uma dessas invenções foi batizada de “Megazord” – robô gigante que era veículo dos famosos PowerRangers dos anos 2000 que sempre salvava o mundo nos últimos minutos -, que consiste em um grande computador ligado a diversas linhas, drivers e sensores, - instalados no corpo dos estudantes por cirurgia - que estuda os atos psicossociais dos terroristas e prevê seus próximos passos. O comandante da máquina utiliza um capacete virtual, enquanto dorme, que simula as situações que os próprios terroristas imaginam, “É como se estivéssemos em um RPG, no qual eu entro na mente do meu adversário e vejo todas as suas peças, todos os seus passos e estratégias. O incrível é que resolvemos tudo através dos sonhos.”, fala Anastácia Sanchez, líder de um dos grupos de sobreviventes da Universidade de Barcelona. Desde a criação da máquina, os jovens conseguem avisar as forças armadas quando o Estado Islâmico pretende atacar.
Foto 1: Pequena parte do Megazord localizado no Brasil.

        Outra organização de estudantes chama-se “Yellow Submarine”, na qual os membros utilizam da tecnologia da Marinha para se comunicar com as áreas dominadas pelos terroristas. “Todos os Presidentes e Secretários das forças Militares estão abalados pela raiva. O Estado Islâmico atacou pelo sentimento, ninguém consegue raciocinar quando metade de seu país está morrendo. Por isso resolvemos tomar uma atitude”, declarou Robert Abrahamson, líder do submarino “Poseidon” e ex-estudante da Universidade de Harvard, que foi atacada em 2048 pela ISIS. O material com que foram feitos os submarinos da organização teve suas partículas modificadas para que se adaptassem as interferências sonoras nos oceanos, isso faz com que os radares fiquem descontrolados e não consigam encontrar os estudantes.
Foto 2: Poseidon, o submarino do Oceano Atlântico

         Além disso, rotina dos refugiados, espiões e pessoas não-alienadas na América Latina é cautelosa, pois são obrigados a irem em missas e fazerem catequese, enquanto podiam estar reunidos e planejando. Porém, para resolver esse problema, foram desenvolvidos acessórios que ao se aproximarem emitem mensagens previamente pensados pelos usuários. São anéis e relógios detalhadamente construídos e ligados à sensores que codificam e decodificam projeções gravadas de mensagens, mapas e projetos que são enviados para o destinatário pré-selecionado. O método foi inspirado na simples “Teoria Hipodérmica”, na qual um emissor envia uma mensagem para um receptor que a entende e a aceita da mesma foram que outros receptores: “Criamos para ser simples, rápido e compreensível para todos do grupo. É tão rápido que a transferência ocorre em milésimos de segundos e nada atualmente pode interferir o sinal que se propagada pelas moléculas do ar”, relata Anastácia.
         Segundo fontes anônimas, os Tigres Asiáticos organizam suas tropas para uma grande invasão nos países dominados pelo Estado, enquanto outras países como a Rússia e a Alemanha – que conseguiram mandar seus exércitos, cientistas e filósofos para o espaço com o “ônibus espacial” – mantêm contato para analisar a situação no Ocidente. Isso mostra que o mundo, embora dividido, ainda consegue manter sua esperança e fé para consertar o futuro. Afinal, o que fizemos por Deus, não se compara ao que fizemos com a nossa humanidade.



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